Sextou!!! A importância da pausa para a reparação.

Sextou!!! A importância da pausa para a reparação.

    • Alta carga de volume de trabalho
    • Responsabilidade excessiva

    • Pressão constante

    • Longas jornadas de trabalho

    • Contato excessivo com o público
    • Conflito com colegas de trabalho

    • Pouco repouso

    • Demorar muitas horas para chegar ao trabalho, entre outras.

A diferença entre o veneno e o remédio nada mais é do que a dosagem. Assim, quando entramos num ritmo frenético de atividades, mesmo que elas sejam prazerosas, se estiverem na ordem do exagero, sairemos da condição da saúde.

Assim, meus caros e caras, avalie com você o que repara seu cansaço e qual a medida do que anda executando… Eficiência demais não é virtude, é auto negligência.

Vou deixar para você uma pergunta que ouvi esses dias: De quem você descuida quando cuida de tudo e todos que cuida?

Invista em você, se permita tempos livre, sem compromissos. Saber até onde ir não se chama preguiça, mas auto respeito.

Então, um final de semana é um respiro merecido entre dias de muita dedicação.

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Cristiane de Almeida Peretti

Não é por acaso que as pessoas vibram, comemoram quando chega a sexta feira, ela indica que chegou o momento destinado a pausa depois de vários dias dedicados ao trabalho e as atividades do dia a dia.

Todos nós precisamos de um tempo para descansar o corpo, a mente e a alma. Quando negligenciamos o auto cuidado corremos o risco de apresentar a síndrome de Burnout

síndrome de Burnout (CID-10 Z73), também chamada de esgotamento profissional, é um estado de estresse extremo e crônico, geralmente provocado por sobrecarga ou excesso de trabalho. O termo em inglês “Burnout” significa queimar algo até o fim. Portanto, quem sofre com a condição perde suas energias físicas e emocionais, por conta de uma rotina profissional desgastante.

Quais são os fatores que levam a síndrome de Burnout?

A síndrome de Burnout pode ser desencadeada pela realização de tarefas exaustivas até relações interpessoais abusivas. Entre as causas mais comuns, estão:

    • Ambientes de cobrança excessiva

    • Alta carga de volume de trabalho
    • Responsabilidade excessiva

    • Pressão constante

    • Longas jornadas de trabalho

    • Contato excessivo com o público
    • Conflito com colegas de trabalho

    • Pouco repouso

    • Demorar muitas horas para chegar ao trabalho, entre outras.

A diferença entre o veneno e o remédio nada mais é do que a dosagem. Assim, quando entramos num ritmo frenético de atividades, mesmo que elas sejam prazerosas, se estiverem na ordem do exagero, sairemos da condição da saúde.

Assim, meus caros e caras, avalie com você o que repara seu cansaço e qual a medida do que anda executando… Eficiência demais não é virtude, é auto negligência.

Vou deixar para você uma pergunta que ouvi esses dias: De quem você descuida quando cuida de tudo e todos que cuida?

Invista em você, se permita tempos livre, sem compromissos. Saber até onde ir não se chama preguiça, mas auto respeito.

Então, um final de semana é um respiro merecido entre dias de muita dedicação.

A importância da Tristeza

A importância da Tristeza

A tristeza, assim como todas as outras emoções, existe para nos ajudar. Solange Rosset nos lembra da importância de escutar cada uma delas, pois todas trazem um convite especial.

Conhecer nossas emoções é, na verdade, conhecer a nós mesmos. Essa é a grande oportunidade de avaliar a rota que estamos traçando na nossa vida. Estamos sempre no mesmo caminho, sobrevivendo, repetindo padrões? Ou estamos dispostos a explorar novos caminhos?

A tristeza desempenha um papel fundamental nesse processo de avaliação. Imagine aquele momento em que perdemos algo importante ou enfrentamos um desapontamento. A tristeza nos faz parar e refletir sobre o que aconteceu, nos levando a reconsiderar nossas escolhas e nos ajudando a compreender o que realmente importa para nós. É como um sinal que nos convida a cuidar de nossas feridas, a dar atenção àquilo que está faltando em nossas vidas.

Por outro lado, a tristeza também pode nos atrapalhar quando se torna excessiva e nos prende em um ciclo de pensamentos negativos. Pense em uma situação onde, após uma perda, a tristeza persiste por tanto tempo que começamos a nos isolar, a evitar atividades que antes nos davam prazer, e até a acreditar que nada mais pode melhorar. Esse excesso de tristeza pode nos paralisar, contribuindo para o desenvolvimento de processos depressivos e nos afastando das possibilidades de mudança.

Na Terapia de Esquemas, desenvolvida por Jeffrey Young, entendemos que nossas reações emocionais, como a tristeza, estão frequentemente ligadas a esquemas emocionais formados na infância. Esses esquemas são padrões de comportamento, pensamento e sentimento que desenvolvemos para lidar com nossas necessidades emocionais básicas, como amor, segurança e pertencimento. Quando esses esquemas não são saudáveis, eles podem amplificar a tristeza de maneira disfuncional.

Por exemplo, alguém com um esquema de Abandono pode experimentar uma tristeza intensa e prolongada em situações de perda ou separação, mesmo quando a situação não justifica tamanha reação. Esse esquema faz com que a pessoa interprete eventos como se estivesse sempre à beira de ser deixada para trás, o que aumenta a sensação de desamparo e tristeza.

Por outro lado, a tristeza pode nos ajudar a identificar quando um esquema está sendo ativado. Se nos sentimos tristes de maneira constante e não conseguimos sair desse estado, pode ser um sinal de que estamos presos a um esquema mal-adaptativo, como o de Deprivação Emocional, onde sentimos que nossas necessidades emocionais nunca serão atendidas. Reconhecer isso nos dá a chance de buscar ajuda, entender nossos esquemas e começar a trabalhar para mudá-los.

Então, fica a dica: você consegue identificar quando se sente triste? E qual é o convite que essa tristeza te faz naquele momento? Será que ela está te mostrando uma necessidade que precisa ser atendida, ou será que ela está ligada a um esquema disfuncional? Como você reage nessas horas? O seu comportamento te aproxima ou te afasta do que você realmente precisa?

Dica de filme: O mapa das pequenas coisas perfeitas

Dica de filme: O mapa das pequenas coisas perfeitas

Por Cristiane de Almeida Peretti

A dica de filme de hoje é  de uma história despretensiosa, leve, sem grandes suspenses ou realizações. Um filme inspirado em outro mais famoso:  Feitiço do tempo, em que um repórter (Bill Murray)  vai a uma pequena cidade fazer uma matéria sobre o “Dia da marmota” e inexplicavelmente fica preso no tempo, condenado a vivenciar para sempre os eventos daquele dia.

A indicação de hoje também tem essa temática,  os personagens são dois adolescentes que ficam presos no tempo, revivendo continuamente o mesmo dia. Enquanto Mark quer se livrar desse ciclo, Margaret quer ficar e aproveitar as oportunidades. Não há melhor metáfora para representar as angústias adolescentes, e porque não nossas, sobre a sensação de viver o dia que se repete eternamente. Quem de nós nunca experimentou esse sentimento de tédio,  de estar num looping, fazendo todos os dias a mesma coisa? Chico Buarque já cantava:” Todo dia ela faz tudo sempre igual, me acorda a seis horas da manhã…”

E por ser um filme despretensioso, às vezes até ingênuo, com leveza aborda as possibilidades de vermos o novo nos detalhes e a nossa capacidade de enxergar além das aparências. Encontrando sentido nas trivialidades do dia a dia. O que era banal torna-se essencial e atende necessidades escondidas revelando o quanto ficamos presos ao passado e nas “historinhas” que contamos a nós mesmos para não ter que viver a dor real, imposta pela vida.

A decisão em trazer esse filme e não um vencedor do Oscar é para lembrar que somos pessoas comuns, vivendo uma vida comum e que neste lugar há muitos benefícios Esse sonho de ser especial o tempo todo não é real e a graça da vida está nas pequenas coisas, que só são significativas para quem as vive ao vivo e a cores.

Mindfulness ou atenção plena

Mindfulness ou atenção plena

Cristiane de Almeida Peretti

Hoje quero falar um pouquinho sobre o Mindfulness, pensando no significado da palavra: Full em inglês pode ser traduzido como “cheio” e Mind como “Mente”, mas isso não significa uma mente cheia de qualquer coisa, mas de CONSCIÊNCIA.  Um significado literal de mindfulness seria “completude mental”, conforme a escrita em inglês. Entretanto, o termo costuma ser traduzido apenas como “atenção plena” ou “concentração plena”.

Jon Kabat-Zinn, cientista e médico, que pode ser considerado o organizador do desenvolvimento da prática do Mindfulness para o ocidente, era praticante de meditação zen budista, a qual adaptou para proporcionar o estado de mente presente, centrada no aqui e agora de maneira que as práticas meditativas não tivessem relação com crenças religiosas.      

Diante de pacientes com dor crônica e percebendo que os tratamentos convencionais não alcançavam os efeitos esperados, Jon Kabat-Zinn  realizou o primeiro programa de Consciência Plena em 1979, na Escola de Medicina da Universidade de Massachussets e obteve muito sucesso em pacientes com dor crônica e quadro de estresse.       

O mindfulness tem como objetivo dirigir a atenção para algo específico, geralmente a respiração ou o próprio corpo.

O mindfulness também é utilizado como uma forma de aprender a reconhecer os limites do próprio corpo e a respeitar as sensações, evitando que a pessoa se prenda a um ciclo de exaustão e, em seguida, culpa pela exaustão.

A meditação, por exemplo, implica minfulness, mas mindfulness não requer meditação.

Existem dois tipos de prática:

O primeiro é “abrir a mente”, que é a prática de observar ou vigiar o que vier a consciência- ou seja perceber pensamentos, emoções, sensações que entrem na consciência, sem se apegar a eles ou persegui-los.

Exercício: Imagine uma esteira passando seus pensamentos, emoções e perceba-os passando sem se apegar a eles. Deixando-os fluir.

E o segundo é “Concentrar a mente” a pessoa focaliza a atenção em eventos internos ou externos específicos. Algumas escolas ensinam se concentrar em palavras, mantras ou frases para repeti-las por um tempo. Um exemplo é dizer a palavra “mente” ao inspirar e a palavra “sábia” ao expirar. Outra possibilidade é a pessoa se concentrar em uma folha,  uma pintura, uma vela, ou em outras pessoas durante uma caminhada ao ar livre.

Fonte: Treinamento de habilidades em DBT, Marsha Linehan.

Materna Idade

Materna Idade

Por: Cristiane de Almeida Peretti

Um bebê quando chega ao mundo imana possibilidades de quem poderá vir a ser. Quando inicia uma vida, outras tantas se desdobram. Aquele ser indefeso, vulnerável desperta inúmeros sentimentos nos pais e em seus cuidadores. Esta relação propicia despertar a consciência, mergulhar de cabeça no mundo das emoções. O tempo passa de forma diferente. Cada minuto vivido é tão intenso que parecem horas…a realidade ganha uma lente de aumento e os detalhes, antes não percebidos, ganham mais importância (para o alívio ou desconforto da mãe).

A chegada da criança revela as expectativas de realizar através do bebê, desejos contidos e não concretizados. O bebê é tomado quase como uma extensão de si. Assim inicia o desconforto da relação, que não atenderá essas demandas. Os sonhos e as projeções necessitam se adaptar à realidade. As ilusões a respeito da maternidade, dos cuidados e da vivência de um amor pleno, se encontram com a realidade que aos poucos abre suas cortinas.

As mulheres, desde pequenas, e mesmo hoje em dia, aprendem a cuidar de seus bebês/ bonecas. Inclusive, o cuidado é um valor intrinsecamente feminino, que marca um lugar de poder no qual nenhuma mulher abre mão, mesmo conquistando outras formas de relação e poder… Mas mesmo assim, o cuidar não é uma tarefa simples, pois exige moderação.

O recém-nascido é por nós recebido sem manual de instruções. A mãe percebe em seu corpo transformações físicas, hormonais e psíquicas nunca antes experimentadas. Do lado de fora, um mundo cheio de visitas, de pessoas que nem sempre percebem o cuidado que este momento exige. Nisso também mora uma confusão de emoções. Ao mesmo tempo que o encontro com os outros possibilita descontração e um certo alívio ao cansaço, a sensibilidade da mãe está a flor da pele. Pequenas intercorrências advindas desse contato podem funcionar como a gota d’água, que fazem trasbordar um copo cheio de “auto cobranças”.

Certa vez ouvi de uma sogra: ” venho aqui cuidar da minha nora, porque da minha neta ela cuida tão bem que chega a esquecer de si.” Quanta sensibilidade! Uma pessoa assim, carrega em si as lembranças do que passou e se dispõe ao outro na medida que se reconhece. Eis o cuidado valioso, aquele que é capaz de identificar quando e em que medida ajudar. Percebe na nova mãe o medo, as angústias, a insegurança e a carência, isso por tê-los vivido também um dia. Assim são passados os valores, de uma geração a outra, nestas marcas que carregamos registradas nas entranhas e que falam através dos nossos atos.

O encontro mãe/bebê é o momento que a mãe também encontra consigo no estado bebê. Frágil, vulnerável, carente de alimento e cuidados. Os fantasmas da sua relação com a própria mãe afloram e a vida parece dar uma segunda chance para a compreensão, para refazer os vínculos ou desfazer os nós. Momento de reconectar-se com o que foi, calmaria/tempestade, e passar pela mesma etapa, agora em outro nível, outro contexto, enxergando de um novo ângulo. Momento cheio de possibilidades de curar na alma feridas antigas, para que estas não acompanhem as gerações seguintes.

Sendo assim e diante de tantas questões relacionadas à maternidade, cabe diminuir os excessos do mundo externo, percebendo através das demandas do bebê as próprias demandas. Exercendo a materna idade, no sentido de sensibilizar-se às necessidades de cada um desses momentos e dar-se o direito de agir quando preciso e de aquietar quando necessário.

Indicações de Leitura:

GUTMAN, Laura, A Maternidade e o encontro com a própria sombra. 6 ed. Rio de Janeiro: Bestseller, 2014

BENSAID, Catherine; LELOUP, Jean-Yves, O essencial no amor, as diferentes faces da experiência amorosa. Petrópolis, RJ: Vozes, 2006.