Cristiane de Almeida Peretti
Hoje quero falar um pouquinho sobre o Mindfulness, pensando no significado da palavra: Full em inglês pode ser traduzido como “cheio” e Mind como “Mente”, mas isso não significa uma mente cheia de qualquer coisa, mas de CONSCIÊNCIA. Um significado literal de mindfulness seria “completude mental”, conforme a escrita em inglês. Entretanto, o termo costuma ser traduzido apenas como “atenção plena” ou “concentração plena”.
Jon Kabat-Zinn, cientista e médico, que pode ser considerado o organizador do desenvolvimento da prática do Mindfulness para o ocidente, era praticante de meditação zen budista, a qual adaptou para proporcionar o estado de mente presente, centrada no aqui e agora de maneira que as práticas meditativas não tivessem relação com crenças religiosas.
Diante de pacientes com dor crônica e percebendo que os tratamentos convencionais não alcançavam os efeitos esperados, Jon Kabat-Zinn realizou o primeiro programa de Consciência Plena em 1979, na Escola de Medicina da Universidade de Massachussets e obteve muito sucesso em pacientes com dor crônica e quadro de estresse.
O mindfulness tem como objetivo dirigir a atenção para algo específico, geralmente a respiração ou o próprio corpo.
O mindfulness também é utilizado como uma forma de aprender a reconhecer os limites do próprio corpo e a respeitar as sensações, evitando que a pessoa se prenda a um ciclo de exaustão e, em seguida, culpa pela exaustão.
A meditação, por exemplo, implica minfulness, mas mindfulness não requer meditação.
Existem dois tipos de prática:
O primeiro é “abrir a mente”, que é a prática de observar ou vigiar o que vier a consciência- ou seja perceber pensamentos, emoções, sensações que entrem na consciência, sem se apegar a eles ou persegui-los.
Exercício: Imagine uma esteira passando seus pensamentos, emoções e perceba-os passando sem se apegar a eles. Deixando-os fluir.
E o segundo é “Concentrar a mente” a pessoa focaliza a atenção em eventos internos ou externos específicos. Algumas escolas ensinam se concentrar em palavras, mantras ou frases para repeti-las por um tempo. Um exemplo é dizer a palavra “mente” ao inspirar e a palavra “sábia” ao expirar. Outra possibilidade é a pessoa se concentrar em uma folha, uma pintura, uma vela, ou em outras pessoas durante uma caminhada ao ar livre.
Fonte: Treinamento de habilidades em DBT, Marsha Linehan.
